quarta-feira, 18 de maio de 2011

Resenha - Cinema (Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio)



Vin Diesel e Dwayne "The Rock" Johnson.
 Galerinha tá abusando do Monster Extreme Black, hein?

      Essa vida atribulada. Essa correria desenfreada. Esse sentimento de urgência. Tudo isso e mais alguns fatores nos levam a medir com menos rigor a qualidade de tudo o que nos é apresentado como "arte". A prova mais concreta de que vivemos tempos difíceis no que diz respeito à criatividade dos chamados "artistas", é quando pegamos aquela música ou filme que metemos o pau há uns 3 ou 4 anos atrás e hoje acabamos elevando-os ao status de obra prima quando comparados aos materiais recentes.
    
     Sendo assim, após assistir ao "Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio" (Fast Five, 2011) acho que já posso me acostumar com a idéia de que Vin Diesel e Dwayne Johnson (The Rock para os desinformados) são os Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger dessa era,
    
     Quando vi o primeiro Velozes e Furiosos (The Fast and The Furious, 2001)  me lembro de ter curtido bastante. Os carros, o ambiente ilegal dos rachas, a música, as mulheres, as tomadas impossíveis dentro de cilindros e afins, tudo era bem interessante. Mas sempre houve uma coisa que nunca me descia: o filme é um plágio sem vergonha do clássico "Caçadores de Emoção" (Point Break, 1991). Mas tudo bem, não adiantava me espernear. O sucesso era fato e todo mundo curtia aquele universo. As inevitáveis (e péssimas) continuações surgiram, confirmando a minha teoria do primeiro parágrafo. Foram as continuações de Velozes e Furiosos que fizeram do primeiro filme uma obra de arte. Mas felizmente com esse atual Velozes temos uma grata surpresa.

Caçadores de Emoção - Troque as pranchas de surf
por bólidos envenenados e terá o primeiro
 Velozes e Furiosos
     Velozes e Furiosos 5 apresenta muitos problemas. O maior deles deve ser percebido principalmente por nós brasileiros. A falta de comprometimento do filme em retratar a cidade do Rio de Janeiro com o mínimo de fidelidade causa até revolta. Há uma cena na favela que corta pra um trem num deserto. Onde será isso? A pergunta é respondida se você olhar pra uma logo do mapa do Brasil estampada nas poltronas do tal trem. Pois é meu camarada. Há um deserto no Rio. Nesse momento ou você se faz de doido e curte o filme ou sai do cinema, porque isso é só o começo. Como optei pela primeira opção, logo estava envolvido pelas cenas impossíveis e esboçando um sorrisão no rosto. O rumo que o filme tomou acabou me agradando bastante. Tá tudo lá. Os carros, o ambiente ilegal dos rachas, as mulheres, mas todos em segundo plano. O mote do filme gira em torno de um assalto ao estilo "Onze Homens e Um Segredo" que na minha opinião levou a história pra um patamar bem mais envolvente e até inteligente (leia "inteligente" no contexto Velozes e Furiosos de ser). A grande quantidade de personagens, coisa que acaba atrapalhando em alguns filmes, acabou sendo muito bem explorada. Todos tem seus momentos de glória. Contribuindo de alguma forma para o andamento do roteiro. E lógico, tem o ponto mais "cool" da película que é o duelo entre os dois brutamontes da atualidade. Vin Diesel melhorando na sua atuação, ficando cada vez mais carismático e o Dwayne "The Rock" Johnson com o seu carisma nato quebrando tudo da melhor maneira que sabe fazer. A inevitável briga entre os dois é de primeira e até nos dá um certo aperitivo daquilo que seria um confronto entre os já citados Stallone e Arnold.


Toda a gangue reunida!

     Se você está de bom humor e quer ir ao cinema ver um filme eletrizante que te fará sorrir de orelha a orelha com tudo aquilo que o cinema brucutu pode oferecer, vai fundo, ou melhor, pisa fundo, Velozes e Furiosos 5 é diversão mais do que garantida!

À propósito, não custa ficar mais um pouco na sala e ver a cena extra após os créditos. A espera vale a pena.


Um comentário:

  1. Engraçado que ouvi de vários amigos a mesma opinião de que esse filme é uma ótima diversão. Preciso mesmo ver logo...

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