sexta-feira, 29 de abril de 2011

Paula Fernandes e o seu "reconhecimento nacional"

     Não vou começar o texto de forma previsível contando que já conhecia a Paula Fernandes antes do seu merecido "reconhecimento nacional". Na verdade a sua voz já me era bastante familiar, pois mesmo sem assistir às famigeradas novelas da rede Globo, é inevitável não ouvir "por tabela" os temas que embalam seus personagens. E essa cantora mineira já teve suas canções em pelo menos 3 folhetins globais. Sendo assim, sou parte da grande parcela que só conheceu a dona da voz recentemente. E ao ver que a dona da voz é uma garota (ela só tem 26 anos) tão bela fisicamente, fico refletindo sobre o que é necessário pra se fazer sucesso por aqui. A detentora de uma das vozes mais impressionantes do cenário musical da atualidade finalmente só obteve o tal reconhecimento após sua aparição no programa de final de ano do Roberto Carlos. Que coisa hein? Sou obrigado a concordar com um comentário de um internauta no Youtube que disse que se ela tivesse nascido em outro país já seria "diva".
     Não sou um fã do estilão "country" que ela segue - já se deram ao trabalho de inaugurar uma nova modalidade pra encaixá-la, o tal do "pop rural" (como se já não bastasse o "sertanejo universitário") - mas é impossível não admirar o seu talento. Paula Fernandes tem uma voz segura, adulta, de diva mesmo. Quando ela canta, além de passar uma espantosa segurança (não se enganem, ela já tem mais de 10 anos de carreira) ela o faz com naturalidade. Sua face não se desfigura, sua expressão é de calmaria e vez ou outra a desgraçada nos brinda com o seu belíssimo sorriso. É uma covardia sem tamanho. Assim como alguns craques da bola fazem com o futebol, Paula Fernandes é o tipo de cantora que faz parecer que cantar é algo fácil. Sua voz extremamente natural vai lhe dar uma carreira longa. Não há excessos por aqui. Ela não precisa exagerar como os candidatos do "Ídolos" que abusam da "pirotecnia vocal".  Ela faz a sua parte e é exata. Encanta, arrepia e finalmente apaixona.
     Que o Brasil abra seus ouvidos e dêem espaço pra essa verdadeira cantora. Que ela estoure de ponta a ponta e consolide sua já longa carreira ganhando também o mundo. Essa sim tem chances indiscutíveis de fazer um baita sucesso lá fora.
     Por fim te convido a assistir uma recente entrevista que ela deu no Programa do Jô e te desafio a não se arrepiar com o cover de "Dust In The Wind" que ela fez no final. Para os mais afoitos é só adiantar para os 13:30 do vídeo e conferir a preciosidade. Enfim, não tenho mais palavras.
    

4 comentários:

  1. É revoltante num país de diversidade como esse, cantores de sucesso imediato serem uma banda de rock sem talento verdadeiro nenhum, sem nada que se posso chama-los de artistas, que deviam mostrar "arte" (artista=arte),umas coisas que chamam de música sem letra NENHUMA virarem sucessos estrondosos e uma pessoa dessa, demora mais de 17 anos para ser reconhecida. Realmente, é muita falta de cultura .

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  2. É fogo mesmo! Morri de falar dela pra você, aí só quando ve a cara se apaixona... Rum! Adoro ela! Não canso de escutar no escritório desde muito tempo!

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  3. Ai ai Ju!!! Não quebre as minhas pernas, por favor! Confesso que não dava muita bola, pois como disse no texto, não sou chegado no estilo musical, mas me surpreendi sim quando a vi, não apenas por se tratar de uma gerota bonita, mas principalmente pela idade que quase se desassocia da voz experiente e exata. De resto bastaram os covers pra me conquistar de vez! Mas...(momento melacueca MODE ON)...você sabe de que meu coração é seu, né, sua chata?...(momento melacueca MODE OFF).

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  4. E pra Juliana Costa, você simplesmente deu voz às entrelinhas do meu texto. Assino embaixo de tudo o que você falou e venho frizar o tal "reconhecimento nacional" que fiz questão de colocar devidamente entre aspas. Pois este acaba sendo um disputado ápice de sucesso que não oferece parâmetro algum para determinar a qualidade de um artista, vide os exemplos que você citou. Por isso, espero que ela embarque nesse "trem" para alçar vôos bem maiores.

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