terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu em HD!



     Já faz alguns meses que venho exercitando o meu lado escritor ao compartilhar com o resto do mundo (por que não?) os posts que tratam sobre um pouco de música, um pouco de cinema e um pouco do resto. Fiquei muito surpreso com o relativo sucesso do blog e isso me encoraja cada vez mais a contar novos casos, tecer resenhas musicais e até compartilhar episódios que colocaram minha vida em risco!

     A partir deste post pretendo mostrar também um pouco das minhas atividades artísticas por assim dizer, ou trocando em míúdos: "atividades que tendem a ficar em segundo plano por não render 1 real sequer". Quem me conhece sabe que sou um apaixonado por desenho e música. Faço as duas coisas desde muito cedo e tenho um acervo extenso de ilustrações e músicas autorais. Após comprar o meu primeiro violão, comecei a gravar algumas delas utilizando programas de edição rudimentares. Fiz o meu primeiro "álbum" dessa forma, com o título de "Individual". Foram 10 músicas autorais na base da voz e violão sobrepostos no tal programa de edição rudimentar. Esta primeira experiência rendeu um vídeo da canção "Can Cry Now" (Deus, como deu trabalho fazer aquilo) que visava unir essas duas paixões que citei, o desenho e a música.


     Com o tal vídeo conheci pessoas e fiz ótimas amizades inclusive a do grande Paulo Carvalho, músico de mão cheia nas horas vagas e que passou a ser um parceiro musical e co-fundador da nossa banda/projeto Riffex. O processo de gravação de qualquer música do Riffex é algo tão louco e igualmente interessante que com certeza terá um post dedicado a ele.

     Enfim, chegamos a atualidade. Estou gravando mais um álbum aos moldes do primeiro, com toda a parafernalha rudimentar. Como de costume fui apresentar ao Paulo uma das canções inéditas. No meio da bagunça resolvi posar de "gatinho" e servir de cobaia para as experiências cinematográficas do bicho com a sua nova câmera filmadora. As chances do vídeo ir parar no youtube não eram tão grandes assim, mas...ahhhhh...o tal do HD!!! Quem resiste a ele? A imagem é tão bela, tem uma textura tão espetacular que não me importei nem um pouco em dar a cara a tapa (afinal, seria a minha cara, mas em HD, fio!).
   
  Sem mais, eis a versão demo de "Fight For Me", nova canção autoral que fará parte desse meu novo trabalho a se chamar "One Step Back" em High Definition!!!



sábado, 21 de maio de 2011

Chery QQ - Vi, gostei e quero um!

     A essa altura do campeonato todo mundo já deve saber que a Chery é uma montadora de automóveis chinesa que está apostando suas fichas no mercado brasileiro (e que deve esconder algum plano macabro de dominação mundial). Acredito também que todos já tenham visto o comercial do simpático QQ, o carro de entrada da marca que ousa por entregar um monte de acessórios de série por um preço absurdamente justo (R$ 23.990 com frete incluso). 
     Desde meados do ano passado que venho sondando a tal concessionária de cor vermelho berrante aqui da minha cidade. Foram olhadelas constantes à bordo do meu bólido envenenado (leia-se Mille 1.0) até que finalmente resolvi parar a caranga e conhecer os carros de perto. Na ocasião havia lá os modelos Tiggo e Face. Ambos muito interessantes. Foi quando o vendedor me falou do tal QQ que estava pra vir e revolucionar o mercado. Fiquei meio descrente com a história e resolvi entrar na internet à procura de informações mais precisas sobre o tal carrinho. Fui pego de jeito pela cara do danado! Aquele sorriso e olhos espertos do QQ me desconcertaram. Fiquei muito, mas muito curioso para conhecê-lo. Pareceu-me boa pessoa. Fui me informando cada vez mais e alimentando uma curiosidade e expectativa sem tamanho que finalmente chegou ao fim. Sim, tive meu primeiro contato com o QQ e a primeira impressão foi ótima! Ele realmente parece ser boa gente!

A carinha feliz do Chery QQ

Vendedor estressado

Passei pela concessionária e mesmo sem ver o QQ entre os carros do salão resolvi entrar para apresentar a loja a um amigo. Fomos muito mal recebidos. Andamos por entre os carros, abrimos as portas, entramos e depois de alguns minutos de vácuo total aproxima-se um vendedor com uma cara triste e cansada. Será que alguém avisou que ele está vendendo carros e não urnas funerárias? Cadê o sorriso no rosto que o QQ estampa tão gentilmente? As perguntas eram feitas por mim e as respostas do vendedor eram sempre ríspidas e quase monossilábicas. Após os rápidos minutos de diálogo fiquei sabendo o preço final e a espera de pelo menos 70 dias pra ter o carro nas mãos, além da informação de que o QQ estaria no Show Room na próxima semana para apreciação pública.

A traseira que lembra a do antigo Corsa é bem mais aceitável pessoalmente

Todo faceiro, ele olhou pra mim

Após tanta simpatia do vendedor (hum), fomos em direção ao meu carro e demos o fora dali, porém ao fazer a volta por trás do edifício acabei passando pela área de oficina da loja e pelo rabo do olho notei algo a me olhar. Era o QQ! Reduzi e disse para o meu amigo: ele já tá aqui! Meu amigo sem entender muito bem respondeu: ele quem? Estacionei e fui em direção à oficina e pra minha surpresa era verdade. Lá estava um QQ, sendo lavado e aspirado para ser entregue a mais um dono. Fiquei deveras chateado pelo fato do vendedor não informar, percebendo o meu interesse, que havia um exemplar do QQ na parte de trás da loja e um representante da Chery devidamente trajado (e com um verdadeiro sorriso de vendedor) disposto a tirar todas as minhas dúvidas.


Não tem sensor de ré? Como assim?

Tentarei ser breve: Ar condicionado, direção hidráulica, freio ABS, air bag, 4 portas, vidros elétricos (em todas as 4 portas), painel digital, som com entrada de cartão SD e USB, ajuste elétrico dos faróis e retrovisores, iluminação interna do porta malas, motor 1.1 litro, farol de neblina, limpador traseiro e mais alguns ítens que eu devo estar esquecendo fazem parte do conjunto de acessórios DE SÉRIE do QQ que ainda conta com garantia de 3 anos. Senti falta do sensor de ré que havia sido anunciado em publicações especializadas que contava com aviso sonoro e visual através de um display fixado na parte de trás do carro que refletia para o espelho retrovisor mostrando os centímetros em relação ao obstáculo. Ao questionar sobre a falta do tal acessório, fui interrompido por uma cliente que disse: pra que sensor de ré? Ele é tão pequenino! Concordo, mas eu esperava parar um dia de fazer a piadinha recorrente de assobiar imitando um sensor de ré cada vez que estivesse manobrando o meu Mille numa vaga apertada.

Painel digital! Pode?

É Ching Ling?

É inevitável não lembrar de alguns produtos também chineses que estão aí comprovando a um bom tempo a cultura de: múltiplas funções + preço baixo + fragilidade. Não dá pra colocar as mãos no fogo com os carros da Chery, mas esse receio deve ser justificado pela novidade da marca e sua natural aceitação que deve ser conquistada por testes e mais testes e não por puro preconceito. Os chineses parecem realmente estar nos trilhos e se esforçando para garantir um grau alto de satisfação de seus novos clientes e a cada lançamento a qualidade de seus carros parecem chegar num patamar já distante de seus concorrentes "locais". Vide inclusive o bastante interessante J3 da também chinesa montadora JAC. Toda essa concorrência tende a mudar a postura das grandes montadoras locais para começar a oferecer mais ítens de qualidade em seus carros e principalmente mostrar um preço que realmente seja "popular". Todos nós tendemos a ganhar ou você ainda quer cair na conversa de que encosto de cabeça em banco traseiro é acessório opcional?

Interior do QQ em cores claras

Quero um!

Fiquei realmente surpreso e tive boa parte das minhas expectativas alcançadas com esse primeiro e breve encontro. O compacto é realmente compacto e o seu porta malas é mínimo. A traseira não faz uma comunicação muito harmônica com a dianteira, mas é bem mais aceitável do que nas fotos. As rodas são pequenas e o jeito que arrumaram de embelezá-las foi bem brasileiro. Procure ver como ficou! (hehe). Ainda há muito o que se provar. Diz a lenda que ele faz 18 km/litro. Alguém já confirma? E a suspensão? Os chineses se lembraram da nossa buraqueira? Deixemos isso para um segundo encontro. Mas pelo menos até o momento esse carrinho já me pegou de jeito.

P.S.: Ei Chery! Me ajuda aí! Posso fazer um jingle pro QQ, ou ser um garoto propaganda do "carro sorriso". Mas também serve se vocês me derem um pra que eu faça um diário de bordo de uns...vamos ver...5 anos, ok? :D

ATUALIZADO: Atenção para o preço praticado nas concessionárias. O valor do QQ é sugerido pela Chery por R$ 22.990,00. Qualquer valor acima disso deve ser negociado e possivelmente resultado de ágio.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Resenha - Cinema (Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio)



Vin Diesel e Dwayne "The Rock" Johnson.
 Galerinha tá abusando do Monster Extreme Black, hein?

      Essa vida atribulada. Essa correria desenfreada. Esse sentimento de urgência. Tudo isso e mais alguns fatores nos levam a medir com menos rigor a qualidade de tudo o que nos é apresentado como "arte". A prova mais concreta de que vivemos tempos difíceis no que diz respeito à criatividade dos chamados "artistas", é quando pegamos aquela música ou filme que metemos o pau há uns 3 ou 4 anos atrás e hoje acabamos elevando-os ao status de obra prima quando comparados aos materiais recentes.
    
     Sendo assim, após assistir ao "Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio" (Fast Five, 2011) acho que já posso me acostumar com a idéia de que Vin Diesel e Dwayne Johnson (The Rock para os desinformados) são os Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger dessa era,
    
     Quando vi o primeiro Velozes e Furiosos (The Fast and The Furious, 2001)  me lembro de ter curtido bastante. Os carros, o ambiente ilegal dos rachas, a música, as mulheres, as tomadas impossíveis dentro de cilindros e afins, tudo era bem interessante. Mas sempre houve uma coisa que nunca me descia: o filme é um plágio sem vergonha do clássico "Caçadores de Emoção" (Point Break, 1991). Mas tudo bem, não adiantava me espernear. O sucesso era fato e todo mundo curtia aquele universo. As inevitáveis (e péssimas) continuações surgiram, confirmando a minha teoria do primeiro parágrafo. Foram as continuações de Velozes e Furiosos que fizeram do primeiro filme uma obra de arte. Mas felizmente com esse atual Velozes temos uma grata surpresa.

Caçadores de Emoção - Troque as pranchas de surf
por bólidos envenenados e terá o primeiro
 Velozes e Furiosos
     Velozes e Furiosos 5 apresenta muitos problemas. O maior deles deve ser percebido principalmente por nós brasileiros. A falta de comprometimento do filme em retratar a cidade do Rio de Janeiro com o mínimo de fidelidade causa até revolta. Há uma cena na favela que corta pra um trem num deserto. Onde será isso? A pergunta é respondida se você olhar pra uma logo do mapa do Brasil estampada nas poltronas do tal trem. Pois é meu camarada. Há um deserto no Rio. Nesse momento ou você se faz de doido e curte o filme ou sai do cinema, porque isso é só o começo. Como optei pela primeira opção, logo estava envolvido pelas cenas impossíveis e esboçando um sorrisão no rosto. O rumo que o filme tomou acabou me agradando bastante. Tá tudo lá. Os carros, o ambiente ilegal dos rachas, as mulheres, mas todos em segundo plano. O mote do filme gira em torno de um assalto ao estilo "Onze Homens e Um Segredo" que na minha opinião levou a história pra um patamar bem mais envolvente e até inteligente (leia "inteligente" no contexto Velozes e Furiosos de ser). A grande quantidade de personagens, coisa que acaba atrapalhando em alguns filmes, acabou sendo muito bem explorada. Todos tem seus momentos de glória. Contribuindo de alguma forma para o andamento do roteiro. E lógico, tem o ponto mais "cool" da película que é o duelo entre os dois brutamontes da atualidade. Vin Diesel melhorando na sua atuação, ficando cada vez mais carismático e o Dwayne "The Rock" Johnson com o seu carisma nato quebrando tudo da melhor maneira que sabe fazer. A inevitável briga entre os dois é de primeira e até nos dá um certo aperitivo daquilo que seria um confronto entre os já citados Stallone e Arnold.


Toda a gangue reunida!

     Se você está de bom humor e quer ir ao cinema ver um filme eletrizante que te fará sorrir de orelha a orelha com tudo aquilo que o cinema brucutu pode oferecer, vai fundo, ou melhor, pisa fundo, Velozes e Furiosos 5 é diversão mais do que garantida!

À propósito, não custa ficar mais um pouco na sala e ver a cena extra após os créditos. A espera vale a pena.